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História do Jeans

 

Tudo começou em Nimes, na França, onde o tecido foi fabricado pela primeira vez. Logo, a origem do jeans é justamente um dos principais berços da moda mundial: a França.

Mas foi a industria têxtil de Maryland, na Nova Inglaterra (USA), que iniciou a produção em massa desse produto, popularizado em 1792. Feito de algodão sarjado, a indústria deu ao produto o nome de “denim” como uma homenagem a sua origem, ou seja, um tecido “de Nimes”, onde foi criado.

Feito para durar


Feito para durar e que não exigia grandes cuidados, o “denim”, no inicio, destinava-se a roupas para o trabalho no campo e também para os mineiros de ouro na Califórnia, que o usavam em suas duras tarefas do cotidiano.O jeans mais macio só surgiria muito tempo depois, quando começou a ser lavado com pedras antes de ser posto à venda, um processo que ganhou o nome de “stone washed” e é usado ainda hoje na maioria das indústrias do setor.Esse jeans mais macio começou a ser produzido por um alfaiate californiano chamado Levi-Strauss, que produzia calças para mineiros em plena corrida do ouro na Califórnia. Levi-Strauss usava o tecido vindo de Maryland, geralmente na cor marrom, como lona para carroças. Mas quando a venda de tecido para essa finalidade caiu, ele passou a usá-lo na fabricação de calças em uma modelagem resistente e própria para o trabalho das minas. Já nessa época o aspecto de modelagem das roupas mostrava a sua relevância.

A Revolução do Jeans Azul

 

Vendido em larga escala, o tecido de jeans adotou uma cor diferente. Na verdade, o tom índigo blue teve sua origem em um tom esverdeado que, com o tempo, transformava-se na cor que todos conhecemos hoje e se tornaria no principal elemento de uma revolução no modo de vestir. Pode-se dizer que as atuais calças jeans têm o mesmo estilo daquelas que fizeram sucesso com os mineiros, depois com os trabalhadores americanos e, mais tarde, com os hippies, que as utilizaram como símbolo de rebeldia contra as roupas convencionais usadas por seus pais.

Nesse sentido, o jeans não é uma moda idealizada por estilistas, vinda de cima para baixo, mas algo que surgiu na base da pirâmide social e ascendeu socialmente até atingir as passarelas de moda mais sofisticadas em todo o mundo.

Nomes da alta costura como Jacques Fath, Pierre Cardin, Givenchy Pierre Balmain e até o muito esnobe Van Cleef Arpels , acabaram por ligar suas etiquetas à trajetória do jeans como moda. O produto se tornou um fenômeno único. Usado em todos os continentes por trabalhadores do campo e da cidade, foi adotado tanto pelos ricos quanto pelos pobres, curiosamente sempre conservando as características originais das primeiras calças feitas por Levi-Strauss. Popularizado no cinema por astros como Marlon Brando e James Dean, o jeans passou a ser o símbolo de toda a geração que ligava rebeldia à liberdade (ou comodidade). No inicio, foram os jovens que o usaram com entusiasmo, fugindo das roupas convencionais, na década de 40. Mas os jovens, assim que se tornaram adultos, mantiveram o jeans para suas horas de lazer ou fora do trabalho, usando-o com camisa social, gravata e blazer.

Eu e o meu Jeans

 

O modelo 501 da Levi-Strauss, com rebites e botões de metal, é até hoje o mesmo, inspirando o estilista americano Calvin Klein quando lançou a sua marca. A propaganda de Klein, na época, tornou-se famosa. Ele colocou Brooke Shields, então a ninfeta do momento, num imenso outdoor em plena Times Square, Nova York, declarando: “Entre eu e o meu jeans não existe mais nada”. Pode-se dizer que também há uma grande intimidade entre o jeans e o espírito da própria sociedade contemporânea.

Verdadeira origem do estilo casual, as roupas de jeans aguçaram a criatividade e determinaram uma maneira de vestir. O casual avançou tanto que os estilistas perceberam a necessidade de introduzir também mudanças na moda clássica, tornando-a mais moderna. Alguns até tentaram resistir ao jeans.

Muitos costureiros chegaram a decretar que em pouco tempo os homens também usariam saias ou se vestiriam de maneira futurista, como os astronautas. Mas nada disso aconteceu. Pelo menos até agora. Descobriram-se novos tecidos, proporções e cortes que tornaram as roupas cada vez mais perfeitas. A industria da moda tornou-se gigantesca e democrática para abrigar várias tendências de estilo. E o jeans foi incorporado a esse espírito. Trata-se de um caso único na história da roupa – um artigo que se tornou popularíssimo, mas que também pode ser usado por gente bem vestida e que ganhou incrível versatilidade.

Inventor

O alemão Oscar Levi Strauss foi quem criou o jeans nos Estados Unidos no ano de 1853. Era a época da febre do ouro na Califórnia e como os mineiros necessitavam de uma roupa resistente, Strauss inventou algumas calças de lona que tinham três bolsos que se prendiam com tiras.

Foi patenteado em 1873. Seu invento foi aceito imediatamente não só pelos mineiros, como também pelos agricultores, ferroviários e os vaqueiros. Quando morreu, em 1902, Levi Strauss deixou uma fortuna de US$ 1,6 milhão, o que era muito dinheiro á época.

Linha do Tempo

 

 

1880

Na fábrica de jeans que Levi Strauss havia montado em San Francisco nasce o famoso 501.

 


1890

As calças jeans, que no principio eram marrons, começam a ser fabricadas na cor azul.

 


1910

As calças jeans começam a ter bolsos traseiros.

 

 

1930

O jeans começa a conquistar todos os Estados Unidos. Por estes anos, os milionários que viviam na costa Leste passavam suas férias no Oeste e adotavam o visual cowboy, com uso intensivo de calças jeans.

 

 

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